Há muito tempo, quando homens vestiam pesadas armaduras de metal para batalhar, quando dragões ainda podiam ser vistos pelos céus, quando a magia era ensinada nas escolas locais de cada reino, fadas habitavam a Floresta de Niquebelt. Esses pequenos seres eram guardados pelo povo da floresta, como os elfos que lá viviam eram conhecidos pelos humanos que perto habitavam. Ninguém de fora podia ao menos entrar ali. Esse rígido controle era necessário, já que muitas magias necessitavam (por incrível que pareça) de ingredientes como asas de fada, bem como do seu pó mágico capaz de ampliar o poder de um simples raio ou brasa, transformando em tempestade e bolas de fogo gigantes.
A cidade mais próxima desta floresta era conhecida como Morada do Vento. O som da mais simples brisa ressoando pelas montanhas parecia como uma sinfonia tocada por anjos e seus instrumentos celestes, o vento ali falava. Lá morava o jovem Robert. Era bastante conhecido por ser um exímio caçador. Até os elfos o respeitavam, sabiam que apenas caçava por necessidade e não por diversão (motivo pelo qual muitas pessoas acidentalmente morrem nas florestas). No arco e flecha era comparável ao mais bem treinado patrulheiro de todo o reino. Na espada era temido pela sua determinação e paixão com que treinava e, raríssimas vezes, atacava algum agressor. Nem tudo era perfeito. Existiam alguns seres que atacavam a cidade em busca da passagem para a floresta. Claro que eram combatidos com fervor. Todos sabiam das antigas alianças entre humanos e elfos, isso é dos tempos dos avôs de meus avôs.
Robert não nasceu numa família rica, não tinham, a princípio, muito acesso a armas e equipamentos bons. Tudo o que ele conseguiu foi com muito esforço e dedicação. Sir Lício de Burbom o tomou como discípulo e o treinou nas artes da guerra e estratégia. O seu fiel amigo, o elfo Bethovirian, com o arco e flecha. Tudo foi bancado por eles, viam que o jovem tinha muito futuro. E estavam certos. A cada dia mostrava isso.
Tudo levava a crer que seria a mesma rotina, parecia mais um dia como outro qualquer. Estavam enganados. Robert foi para o seu quarto. Morava com os pais, era filho único. Ao deitar em sua cama, percebeu uma sombra na parede. Ágil, pegou ao lado uma caneca que antes continha hidromel e rapidamente se pôs de pé. Olhou em direção à sombra, mas não viu mais nada. Com toda a destreza que só um campeão possuía, rolou pelo chão e usou a caneca para prender algo que voava baixo, poucos palmos do chão. Não conseguia ver o que era naquela penumbra. Caminhou para perto de uma vela e afastou um pouco a sua mão esquerda. Para sua imensa surpresa, era um pequeno ser que parecia muito com o seu instrutor de arco e flecha (a não ser o fato de ter asas, e ser muito menor que ele). Espantado, deixou a caneca cair e o pequeno ser saiu voando em direção ao seu rosto. O mais diferente é que aquilo fala. E tem voz feminina. Uma vozinha fininha, mas muito bonita.
Demorou ainda algum tempo para perceber que se tratava de uma fada. Afinal, não era todo dia que se encontrava uma fada em seu quarto, em sua cidade. Elas nunca haviam sido vistas por ali, muito menos em um quarto de alguém.
- Não gostei do que fez comigo, seu grosso! – disse a pequenina.
- Me desculpe. Não sabia que era uma fada. Por favor, me perdoe. – suplica o rapaz.
A pequena fadinha voa em volta de Robert e, fazendo uma cara de desaprovação, fala:
- Então é você... Não esperava que fosse um humano, pensei que fosse um elfo, um centauro, um sátiro ou alguém do tipo. Nunca imaginei que fosse alguém como você...
- Alguém como eu? – pergunta Robert.
- Sim, era você quem eu procurava. Tudo depende de você. Vamos. Venha comigo. Quanto mais o tempo passar, mais difícil ficará para controlarmos a situação e conseguirmos vencer. – responde a pequeninha, abrindo um pequeno saquinho que levava consigo e despejando o seu conteúdo na cabeça do, agora, assustado rapaz.
De repente, Robert começa a flutuar. Era um tanto quanto assustador, nunca tinha feito isso.
- Relaxe. Pense em coisas boas. Venha comigo. – diz a fadinha, abrindo a janela do quarto facilmente, num passe de mágica.
O desengonçado Robert pede para descer, diz que quer voltar, mas flutua em direção à janela. O vento batendo faz...
- Yure? Yure? Acorda, Yure. Tá na hora do seu remédio.
- Eu tava sonhando, mãe. Eu era um guerreiro que encontrou uma fada e...
- Certo, certo. Eu sei que é difícil essa etapa. Você sabe o quanto seu pai e eu estamos lutando para conseguir mais tempo, não sabe?
- Sim, não precisa me dizer nada. Eu ouvi o médico dizendo que não tenho mais muito tempo para conseguir o transplante. Eu ainda não estava dormindo... Mãe? Abre a janela pra mim?
- Não posso, meu filho. Você sabe que não pode pegar nenhuma infecção, nada.
- Mãe, eu estou esperando alguém. Ela virá hoje, eu sei. Ela tem um pozinho que carrega consigo que faz com que a magia aconteça.
- Yure...
- Mãe, você tem que acreditar para a magia acontecer. Você acredita?
A cidade mais próxima desta floresta era conhecida como Morada do Vento. O som da mais simples brisa ressoando pelas montanhas parecia como uma sinfonia tocada por anjos e seus instrumentos celestes, o vento ali falava. Lá morava o jovem Robert. Era bastante conhecido por ser um exímio caçador. Até os elfos o respeitavam, sabiam que apenas caçava por necessidade e não por diversão (motivo pelo qual muitas pessoas acidentalmente morrem nas florestas). No arco e flecha era comparável ao mais bem treinado patrulheiro de todo o reino. Na espada era temido pela sua determinação e paixão com que treinava e, raríssimas vezes, atacava algum agressor. Nem tudo era perfeito. Existiam alguns seres que atacavam a cidade em busca da passagem para a floresta. Claro que eram combatidos com fervor. Todos sabiam das antigas alianças entre humanos e elfos, isso é dos tempos dos avôs de meus avôs.
Robert não nasceu numa família rica, não tinham, a princípio, muito acesso a armas e equipamentos bons. Tudo o que ele conseguiu foi com muito esforço e dedicação. Sir Lício de Burbom o tomou como discípulo e o treinou nas artes da guerra e estratégia. O seu fiel amigo, o elfo Bethovirian, com o arco e flecha. Tudo foi bancado por eles, viam que o jovem tinha muito futuro. E estavam certos. A cada dia mostrava isso.
Tudo levava a crer que seria a mesma rotina, parecia mais um dia como outro qualquer. Estavam enganados. Robert foi para o seu quarto. Morava com os pais, era filho único. Ao deitar em sua cama, percebeu uma sombra na parede. Ágil, pegou ao lado uma caneca que antes continha hidromel e rapidamente se pôs de pé. Olhou em direção à sombra, mas não viu mais nada. Com toda a destreza que só um campeão possuía, rolou pelo chão e usou a caneca para prender algo que voava baixo, poucos palmos do chão. Não conseguia ver o que era naquela penumbra. Caminhou para perto de uma vela e afastou um pouco a sua mão esquerda. Para sua imensa surpresa, era um pequeno ser que parecia muito com o seu instrutor de arco e flecha (a não ser o fato de ter asas, e ser muito menor que ele). Espantado, deixou a caneca cair e o pequeno ser saiu voando em direção ao seu rosto. O mais diferente é que aquilo fala. E tem voz feminina. Uma vozinha fininha, mas muito bonita.
Demorou ainda algum tempo para perceber que se tratava de uma fada. Afinal, não era todo dia que se encontrava uma fada em seu quarto, em sua cidade. Elas nunca haviam sido vistas por ali, muito menos em um quarto de alguém.
- Não gostei do que fez comigo, seu grosso! – disse a pequenina.
- Me desculpe. Não sabia que era uma fada. Por favor, me perdoe. – suplica o rapaz.
A pequena fadinha voa em volta de Robert e, fazendo uma cara de desaprovação, fala:
- Então é você... Não esperava que fosse um humano, pensei que fosse um elfo, um centauro, um sátiro ou alguém do tipo. Nunca imaginei que fosse alguém como você...
- Alguém como eu? – pergunta Robert.
- Sim, era você quem eu procurava. Tudo depende de você. Vamos. Venha comigo. Quanto mais o tempo passar, mais difícil ficará para controlarmos a situação e conseguirmos vencer. – responde a pequeninha, abrindo um pequeno saquinho que levava consigo e despejando o seu conteúdo na cabeça do, agora, assustado rapaz.
De repente, Robert começa a flutuar. Era um tanto quanto assustador, nunca tinha feito isso.
- Relaxe. Pense em coisas boas. Venha comigo. – diz a fadinha, abrindo a janela do quarto facilmente, num passe de mágica.
O desengonçado Robert pede para descer, diz que quer voltar, mas flutua em direção à janela. O vento batendo faz...
- Yure? Yure? Acorda, Yure. Tá na hora do seu remédio.
- Eu tava sonhando, mãe. Eu era um guerreiro que encontrou uma fada e...
- Certo, certo. Eu sei que é difícil essa etapa. Você sabe o quanto seu pai e eu estamos lutando para conseguir mais tempo, não sabe?
- Sim, não precisa me dizer nada. Eu ouvi o médico dizendo que não tenho mais muito tempo para conseguir o transplante. Eu ainda não estava dormindo... Mãe? Abre a janela pra mim?
- Não posso, meu filho. Você sabe que não pode pegar nenhuma infecção, nada.
- Mãe, eu estou esperando alguém. Ela virá hoje, eu sei. Ela tem um pozinho que carrega consigo que faz com que a magia aconteça.
- Yure...
- Mãe, você tem que acreditar para a magia acontecer. Você acredita?
Eu acredito!!!
ResponderExcluir=)
Ueba! Contos mais contos! Parabéns!
Caramba!!! Vc escreve mto bem... Lindo o conto. =)
ResponderExcluirBjss