Mais um dia de trabalho na vida do atendente de lanchonete Ricardo. Ele trabalhava na mais famosa da região. Sempre com um sorriso no rosto, era sempre escolhido o “Funcionário do Mês.” Era um exemplo a ser seguido pelos seus colegas. Nada parecia abalar o jovem rapaz, nem mesmo aqueles clientes chatos que gostavam de tirar onda com todo mundo.
Uma vez o perguntaram qual seria o segredo de sua alegria. Ricardo parou, deu um sorriso sarcástico e disse:
- Olha, eu sempre venho trabalhar bem animado. Esse é o segredo. Animação. Humor.
Em plena segunda-feira? Quem em santa consciência vem trabalhar bem humorado em plena segunda-feira? Ricardo. Ricardo vinha.
Um beco escuro de um bairro de periferia. Ao lado da lata do lixo jaz o corpo de uma moça. Aliás, só percebe que é um corpo quem tem muita imaginação. Tem tanto pedaço que demoraria horas, quem sabe dias, para montar este quebra-cabeça. A polícia estava no local averiguando com populares. Ninguém viu nada. Domingo à noite, ninguém prestou atenção quando os restos da jovem foram largados ali. Ainda mais num canto remoto e escuro.
Já era a décima segunda vítima no período de três anos. A imprensa querendo saber mais. O secretário de segurança querendo a cabeça de alguém. O prefeito ameaçado por populares. Era uma bagunça, realmente. Quem quer que seja que esteja fazendo isso é muito meticuloso, analisa bem cada detalhe e não deixa vestígios que levem à sua captura. Até mesmo gente de fora tinha chegado para analisar o caso. Nada. Nenhum suspeito.
Sábado é dia de sair para espairecer. Ricardo gostava de sair sozinho para as festas e ficar no bar, no canto, bebendo e observando. Esperava o momento certo de chegar na garota. Não era muito tímido, mas uns goles a mais de vodca sempre o ajudavam. E, claro, o momento certo. Então ele esperou. Esperou o momento certo. Ah, claro, com a morena de lábios carnudos que estava dançando sozinha. Era o seu tipo preferido. Viu que ela já tinha esnobado alguns caras, mas confiava no seu taco. E o cara é bom mesmo, bastaram poucos minutos para estarem se beijando no canto. Mais alguns minutos e estavam indo para a sua casa, em um bairro de periferia, cerca de 20 km dali. Gostava desta boate porque era bastante discreta, as pessoas iam e vinham sem serem incomodadas, apenas pagavam a entrada, consumiam, se divertiam e pronto. Era o seu local preferido para ir à caça de mulheres.
“Qual o segredo da alegria?”, pensou Ricardo, sozinho, quando saiu para o almoço.
“Fazer o que gosta.”
“O que eu, Ricardo, gosto?”
“Dor. Prazer. Morte. Sangue. Retalhar. Matar...”
O segredo da sua alegria era fazer o que gostava. Quando lembrava das garotas estripadas, um largo sorriso lhe tomava o rosto. Cada corte, cada músculo separado, cada osso cortado.
Você deve estar se perguntando: “Ele foi pego?”. Sim. Ele foi pego. Infelizmente (para ele) acharam, por acaso, a sua coleção de globos oculares em conserva. Uma futura vítima, em um momento de descuido da parte do “Maníaco dos Olhos” (como ficou conhecido), encontrou um pote de pickles na geladeira. Era amante de pickles. Quando, animadamente, pegou um e deu uma bela de uma dentada, para sua surpresa, não era um pickles. Era um olho castanho claro. Ela gritou tanto, teve um ataque e pulou pela janela da casa de Ricardo. Moradores a ajudaram, chamando logo a polícia que veio e prendeu o rapaz.
Ricardo está preso até hoje, quinze anos depois. Bem comportado, não se mete em confusão, estão analisando sua ficha e, muito provavelmente, vai ser posto em condicional. O juiz até perguntou, em audiência, qual o motivo daquele largo sorriso em seu rosto.
- Estou feliz porque poderei voltar a ser atendente de lanchonete. - respondeu Ricardo. E o sorriso continuava...
Uma vez o perguntaram qual seria o segredo de sua alegria. Ricardo parou, deu um sorriso sarcástico e disse:
- Olha, eu sempre venho trabalhar bem animado. Esse é o segredo. Animação. Humor.
Em plena segunda-feira? Quem em santa consciência vem trabalhar bem humorado em plena segunda-feira? Ricardo. Ricardo vinha.
Um beco escuro de um bairro de periferia. Ao lado da lata do lixo jaz o corpo de uma moça. Aliás, só percebe que é um corpo quem tem muita imaginação. Tem tanto pedaço que demoraria horas, quem sabe dias, para montar este quebra-cabeça. A polícia estava no local averiguando com populares. Ninguém viu nada. Domingo à noite, ninguém prestou atenção quando os restos da jovem foram largados ali. Ainda mais num canto remoto e escuro.
Já era a décima segunda vítima no período de três anos. A imprensa querendo saber mais. O secretário de segurança querendo a cabeça de alguém. O prefeito ameaçado por populares. Era uma bagunça, realmente. Quem quer que seja que esteja fazendo isso é muito meticuloso, analisa bem cada detalhe e não deixa vestígios que levem à sua captura. Até mesmo gente de fora tinha chegado para analisar o caso. Nada. Nenhum suspeito.
Sábado é dia de sair para espairecer. Ricardo gostava de sair sozinho para as festas e ficar no bar, no canto, bebendo e observando. Esperava o momento certo de chegar na garota. Não era muito tímido, mas uns goles a mais de vodca sempre o ajudavam. E, claro, o momento certo. Então ele esperou. Esperou o momento certo. Ah, claro, com a morena de lábios carnudos que estava dançando sozinha. Era o seu tipo preferido. Viu que ela já tinha esnobado alguns caras, mas confiava no seu taco. E o cara é bom mesmo, bastaram poucos minutos para estarem se beijando no canto. Mais alguns minutos e estavam indo para a sua casa, em um bairro de periferia, cerca de 20 km dali. Gostava desta boate porque era bastante discreta, as pessoas iam e vinham sem serem incomodadas, apenas pagavam a entrada, consumiam, se divertiam e pronto. Era o seu local preferido para ir à caça de mulheres.
“Qual o segredo da alegria?”, pensou Ricardo, sozinho, quando saiu para o almoço.
“Fazer o que gosta.”
“O que eu, Ricardo, gosto?”
“Dor. Prazer. Morte. Sangue. Retalhar. Matar...”
O segredo da sua alegria era fazer o que gostava. Quando lembrava das garotas estripadas, um largo sorriso lhe tomava o rosto. Cada corte, cada músculo separado, cada osso cortado.
Você deve estar se perguntando: “Ele foi pego?”. Sim. Ele foi pego. Infelizmente (para ele) acharam, por acaso, a sua coleção de globos oculares em conserva. Uma futura vítima, em um momento de descuido da parte do “Maníaco dos Olhos” (como ficou conhecido), encontrou um pote de pickles na geladeira. Era amante de pickles. Quando, animadamente, pegou um e deu uma bela de uma dentada, para sua surpresa, não era um pickles. Era um olho castanho claro. Ela gritou tanto, teve um ataque e pulou pela janela da casa de Ricardo. Moradores a ajudaram, chamando logo a polícia que veio e prendeu o rapaz.
Ricardo está preso até hoje, quinze anos depois. Bem comportado, não se mete em confusão, estão analisando sua ficha e, muito provavelmente, vai ser posto em condicional. O juiz até perguntou, em audiência, qual o motivo daquele largo sorriso em seu rosto.
- Estou feliz porque poderei voltar a ser atendente de lanchonete. - respondeu Ricardo. E o sorriso continuava...
Sádico isso!
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